teses
Triênio 2008 - 2006Total de teses defendidas: 51
TESES DEFENDIDAS EM 2008
Total de teses defendidas: 14
Alessandra Garrido Sotero da Silva
Alexander Meireles da Silva
Andréia Penha DelMaschio
Antônio Máximo Ferraz
Título: Fernando Pessoa em obra: a teatralização da metafísica
Benjamin Rodrigues Ferreira Filho
Cassiana Lima Cardoso
Francisco C. Mucci
Título: Banalogias: uma leitura de Roland Barthes
Juliano Gaeschlin Alonso
Luciane Said
Título: No limite da cidade: a representação da realidade no documentário Notícias de um guerra particular
Luiz Henrique da Costa
Título: Vinícius de Moraes, Escritos sobre cinema
Madalena Aparecida Machado
Maria Isabella Bottino
Maria José de Ladeira Garcia
Mônica Genelhu Fagundes
TESES DEFENDIDAS EM 2007
Total de teses defendidas: 16
Antonio Carlos Pereira Borba
Título: Heidegger e o Sagrado – Uma leitura budista
Celia Regina de Barros Mattos
Dilma Mesquita Loureiro
Título: Descepção e erro: caminhos críticos da contemporaneidade
Eduardo Guerreiro Brito Losso
Genilda Maria Souza e Silva
Júnia Nogueira Neves
Laura Goulart Fonseca
Laura Ribeiro da Silveira
Luiz Manoel da Silva Oliveira
Marcos de Carvalho
Título: Drama em movimento: a sinfonia de símbolos da poesia pessoana
Maria de Lourdes de Melo Pinto
Título: Memória de autoria feminina nas primeiras décadas do século XX: a emergência da obra periodística de Chrysanthème.
Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Angélica Maria Santos Soares
Páginas: 269
Resumo
Esta tese tem por objetivo inventariar toda a produção cronística de Chrysanthème, pseudônimo de Cecilia Moncorvo Bandeira de Mello Rebello de Vasconcellos, publicada em A Imprensa, O Paiz, Correio Paulistano, O Mundo Literário, Única, Diário de Notícias, O Cruzeiro e Gazeta de Notícias, perfazendo um total de 1.530 escritos, considerando-se de suma importância, para os estudos literários, o resgate de obras de autoria feminina, que não tiveram visibilidade de sua crítica contemporânea. Apresenta as transformações da crônica dentro do universo literário e caracteriza o gênero, apontando estratégias que a tornem um possível exercício para o registro da memória feminina, com base em considerações de alguns teóricos que se debruçaram sobre a temática da memória. Tece ainda a leitura de crônicas de Chrysanthème, selecionadas entre o período de 1907 e 1948, voltadas para espelhos da condição feminina, indicações da crítica de costumes e imagens de contextos sócio-políticos.
Maria Luiza Franco Busse
Título: Então a China: uma análise semiológica dos romances Bombons chineses e complexo de Di
Nelson Luiz Romeiro da Silva
Nilton José dos Anjos de Oliveira
Reheniglei Araújo Rehem
Samuel Sampaio Abrantes
Título: A representação do corpo feminino entre 1850 e 1925 – Uma leitura interdisciplinar – nas tramas da história da moda
TESES DEFENDIDAS EM 2006
Total de teses defendidas: 21
Adriana de Fátima Barbosa Araujo
Ana Lúcia Lima da Costa
Anderson Figueiredo Brandão
Ataíde José Mescolin Veloso
Título: Num copo de mar, o canto de Orfeu
Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Helena Parente Cunha
Páginas: 258
Resumo
Este trabalho é uma reflexão a respeito de algumas questões centrais no pensamento de Martin Heidegger: a hermenêutica, a linguagem, a obra de arte, o sagrado e a memória. Nessa experiência com o extraordinário, a poética de Jorge de Lima se constrói: é o canto de Orfeu que celebra o duplo domínio da vida e da morte.
Beny Ribeiro dos Santos
Título: Os conceitos de ficção e verdade em Platão, Nietzsche e Bernardo Carvalho
Orientador(a): Prof. Dr. Eduardo de Faria Coutinho
Páginas: 216
Resumo
A tese apresenta um estudo comparativo dos conceitos de ficção e verdade presentes nos diálogos de Platão, nos aforismos de Nietzsche e nos romances de Bernardo Carvalho. A presunção enganosa da verdade substancial que subordina a ficção mimética à reprodução de um mundo previamente constituído é posta em questão através da crítica dirigida à natureza objetiva da pesquisa da verdade imutável na dialética platônica. A domesticação da ficção poética na teoria do conhecimento platônica é considerada sob uma variedade de pontos de vista que esclarecem o substrato metafísico do discurso filosófico quando desqualifica a precariedade da verdade múltipla e transitória. Se a teoria das idéias com seus arquétipos de formação do cidadão e da cidade tornou-se possível no interior da cultura que concedia um grande valor ao cosmo de ordem equilibrada, harmônica e perfeita, não é menos verdadeiro que a mudança dos fundamentos que constituem os paradigmas conceituais trouxe a efetiva possibilidade de se verem os conceitos de ficção e verdade como formas da evolução de idéias mutantes e conflitivas. A crítica nietzscheana à crença compulsiva na realidade do ser imutável, como também no critério de verdade da razão objetiva, serve de base fundamental à problematização da auto-suficiência da verdade que se considera imutável e uniforme. A suspeita que paira sobre a natureza de cada realidade ser realmente o que parece ser na narrativa de Bernardo Carvalho revela que o problema do fundamento da existência não é uma questão exclusiva de um campo específico do conhecimento. O esforço por se conservar no interior da tensão constitutiva da realidade faz com que a narrativa de Bernardo Carvalho recuse a evidência necessária do ser bem formado e explore um domínio em que falta determinação essencial à natureza da verdade para que se apresente como uma realidade completa. Platão, Nietzsche e Bernardo Carvalho protagonizam nesta tese uma reflexão abrangente sobre a natureza do verdadeiro e do ficcional como formas de conhecimento do mundo (in)determinado.
Danielle dos Santos Corpas
Título: O jagunço somos nós: visões do Brasil na crítica de Grande sertão: veredas
Orientador(a): Prof. Dr. Ronaldo Lima Lins
Páginas: 272
Resumo
Esta análise da recepção de Grande sertão: veredas no Brasil reflete sobre procedimentos e resultados de uma parcela de sua fortuna crítica: aquela em que se engendram interpretações do romance de Guimarães Rosa nas quais é posta em discussão alguma possibilidade de vínculo entre a configuração estética do livro e processos políticos e sociais vividos no país.
Ercília Bittencourt Dantas
Título: Dialética do escuro e das luzes em Clarice Lispector
Orientador(a): Prof. Dr. Ronaldo Lima Lins
Páginas: 244
Resumo
Esta Tese analisa A maçã no escuro (1961), quarto romance de Clarice Lispector, à luz da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, especialmente da Dialética do esclarecimento (1947), de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. Segundo eles, a origem da calamidade hoje é uma tripla dominação: da natureza pelos seres humanos; dentro deles e, em ambas, a dominação de uns sobre outros. Afirmam que o mito já é esclarecimento e o esclarecimento reverte à mitologia. Nosso principal objetivo é provar que A maçã no escuro revigora o mito de Adão e Eva: a trajetória de Martim refaz simbolicamente a gênesis do mundo e do homem num percurso dialético que vai da culpa à expiação, da queda à salvação para alcançar a individuação e o esclarecimento. Nesse sentido, A maçã no escuro ultrapassa as fronteiras do Bildungsroman para tornar-se um moderno texto de iluminação.
Fabio Mario Iorio
Título: Rastros do cotidiano: futebol em versiprosa de Carlos Drummond de Andrade
Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Beatriz Resende
Páginas: 349
Resumo
Rastros do cotidiano analisa a importância do futebol brasileiro nas crônicas jornalísticas de Carlos Drummond de Andrade publicadas no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil durante 1954 até 1983 e reunidas na coletânea “Quando é dia de futebol “de 2002. Aborda o período de afirmação e supremacia da escola do futebol-arte brasileiro no âmbito internacional, enquanto resultado da participação étnica e social de grupos excluídos desde da profissionalização, dos anos 30, concomitantemente ao contexto republicano pós -1950, pressionado pela conjuntura internacional da guerra fria. As crônicas traçam a tensão entre o texto e o contexto, relacionando futebol e política, desdobrada em arte e mídia. Delimita a geração Maracanã até os anos 80, assinalando sua contribuição pelo discurso do oprimido.
Irineu Eduardo Jones Corrêa
Título: Bernardo Guimarães e o paraíso obsceno: a floresta enfeitiçada e os corpos da luxúria no romantismo
Orientador(a): Prof. Dr. Luiz Edmundo Bouças Coutinho
Coorientador(a): Prof(a). Dr(a). Celina Maria Moreira de Mello
Páginas: 247
Resumo
Estudo sobre os poemas “Orgia dos duendes” (1865), “Elixir do pajé” e “A origem do mênstruo” (1875), de Bernardo Guimarães (1825-1884). O satanismo e a
obscenidade que os textos convocam fazem deles obras estranhas ao paraíso poético, do romantismo literário nacional. O primeiro circula em antologias oficiais, mas os outros dois são marginalizados, surgindo apenas em publicações dedicadas a obras pornográficas e marginais. As análises dos poemas colocarão em perspectiva o contexto em que eles se constituíram, considerados os valores simbólicos vigentes na literatura brasileira, do tempo em que foram escritos e em diferentes momentos em que foram lidos. Serão experimentados conceitos como campo literário, grupo hegemônico, valor, habitus, lector propostos pela teoria do poder simbólico de Pierre Bourdieu. O texto do poeta será considerado enquanto produtividade e, portanto, de leitura condicionada a novas e constantes requalificações, conforme propuseram a teoria do texto de Roland Barthes e Julia Kristeva.
Jorge Lopes dos Santos
Título: Violência à flor da pele – vertentes e vontades: uma abordagem poética
Orientador(a): Prof. Dr. Edmundo Bouças Coutinho
Páginas: 206
Resumo
Este trabalho procura refletir, através da leitura de textos dramáticos, alguns tipos de violência manifestada num período compreendido dos anos 60 a 80 aproximadamente, quando uma série de modificações de ordem econômica, política e social vem refletir-se no plano da cultura, dentro do qual enfocamos a violência evidenciada nos textos teatrais como objeto de análise.Tenta-se abordar a repressão levada a cabo pelo regime militar que se instaurou no País, após o Golpe de 64.
José Carlos Pinheiro Prioste
Título: A unidade dual: (Manoel de Barros e a poesia)
Orientador(a): Prof. Dr. Ronaldo Lima Lins
Páginas: 218
Resumo
A poesia de Manoel de Barros destaca a palavra como invenção de um mundo no qual as oposições não constituem paradoxos, mas uma unidade complementar dos contrários. O conhecimento racional defende a separação entre o sentir e o pensar para estabelecer um método seguro e firme de uma avaliação exata da realidade e da verdade. A poesia prefere a contradição de um pensar em que os contrários, como clareza e obscuridade, se unam em uma integração indivisível. O pensar poético procura uma concepção diferente da análise linear e objetiva dos estudos literários. A linguagem deste outro pensar combina o imaginativo ao intuitivo como meio de apreensão de uma lógica próxima à condição originária do humano encoberta tanto pelo racionalismo calculador objetivo como pela linearidade objetiva.
José Eliseo de Barros
Jositania Souza dos Santos
Título: Inveja Gula e Luxúria: pecados e desejos de um corpo camaleônico
Páginas: 221
Resumo
O presente trabalho propõe-se a discutir a questão da corporeidade ao refletir sobre a relação de identidade e de alteridade perante a nova ordem corporal contemporânea. A partir de um breve roteiro histórico, o corpo emerge no momento atual potencializando a questão imagística do indivíduo em processos que incluem desde o padrão da boa forma até a body modification. Alternando-se entre o “eu” e o “outro”, o indivíduo incorpora sucessivas máscaras do cotidiano, que irrompem os domínios do corpo narrativo, subvertendo a própria escritura, a qual abre espaço para o dialogismo no texto literário tendo como base a intertextualidade, a ambigüidade e a pluralidade de sentidos, conceitos destacados pela teoria bakhtiniana. O discurso literário sinaliza na contemporaneidade para novas vertentes de subjetivação, abordadas de acordo com o viés teórico de Villaça & Góes. Convêm ainda ressaltar as considerações barthesianas acerca do corpo como signo de ruptura e prazer na estrutura ficcional. O estudo destas propostas de análise tem como base a leitura dos pecados capitais relativos à inveja, à gula e à luxúria, cujos respectivos temas servem de inspiração para as obras Mal secreto de Zuenir Ventura, O clube dos anjos de Luís Fernando Veríssimo e A casa dos budas ditosos de João Ubaldo Ribeiro, que mesmo lançadas sob a proposta de “best sellers”, não conseguiram evitar os desafios vindos do próprio interior da escrita, diminuindo os limites entre cultura erudita e cultura de massa.
Marcelo Diniz Martins
Título: O Elogio da Instabilidade – ensaio por uma semiologia do corpo
Páginas: 154
Marcos Francisco Pedrosa Sá Freire de Souza
Título: Inventário ilustrado e recepção crítica comentada dos escritos do anjo pornográfico
Orientador: Eduardo de Faria Coutinho
Páginas: 237
Resumo
Esforço de síntese sobre o inventário e a recepção crítica da obra de Nelson Rodrigues, esta Tese procede a uma avaliação de sua produção como repórter, dramaturgo, folhetinista, contista e cronista, destacando três pontos que exercem centralidade em sua escrita: o interesse por explorar discursivamente uma dimensão mítica em seus textos, o questionamento permanente sobre os limites entre fato e ficção e o gosto em trabalhar um pensamento que tem o paradoxo como matriz. Esses três aspectos são destacados através de análise das reportagens, peças, folhetins, contos, crônicas, em exame que discorre sobre a linguagem trabalhada no âmbito mais amplo do discurso e em detalhes formais na estrutura dos períodos, orações, frases e mesmo do repertório vocabular do texto nelsonrodrigueano. É nesse momento que encontramos um criador de narrativas ricas em sua diversidade de abordagem de temas recorrentes, um escritor com raro dom para o estabelecimento de imagens de efeito surpreendente, além de deflagrador de expressões e repertório lexical personalíssimos. Por trás de toda a discussão levada a efeito nesse longo ensaio, temos uma perspectiva que se ancora nos estudos em Literatura Comparada.
Maria Beatriz G. L. de Albernaz
Monica Amim
Perola Engellaum
Título: Samuel Rawet – a alma que sangra
Orientador: Eduardo de Faria Coutinho
Páginas: 104
Resumo
Esta tese tem como um dos objetivos fazer renascer o interesse pela leitura da obra de Samuel Rawet, cuja obra foi em parte republicada em finais de 2004 pela editora Civilização Brasileira. E despertar nos meios acadêmicos o desejo de melhor entendêla. Na primeira seção lançamos as diretrizes básicas que nortearão nosso enfoque, do ponto de vista teórico , no qual tentamos combinar sempre que possível, elementos histórico sociais da época em que nosso escritor viveu com as questões pertinentes da expressão da identidade judaica diaspórica na referida obra.
No segundo capítulo abordamos a fortuna crítica de Rawet, que não é vasta. Na terceira seção apresentamos conjugação entre vida e obra. Na quarta seção apresentamos reflexões minuciosas sobre a novela Abama. Na quinta seção com o mesmo cuidado escrevemossobre Viagens de Ahasverus. É claro que estão presentes as necessáriasIntrodução, Conclusão e Bibliografia. Apresentamos ainda um Anexo, que julgamos enriquecer a compreensão das segunda e terceira seções
Vicente Marins Rangel Junior
Título: As artes do Daimon: à procura de uma poética perdida
Orientador: Antonio Jardim
Páginas: 423
Resumo
A partir da hipótese da existência, no ser humano, de uma contraparte não-material que recebe a denominação de espírito (pneuma) ou alma (psyché), e da conseqüente pressuposição de sua sobrevivência à morte dos corpos densos – idéia fundamentada em antigas e modernas concepções filosóficas, científicas e religiosas formuladas pela humanidade – , o presente estudo visa a investigar a atuação desse elemento (também conhecido na cultura grega antiga sob o nome enigmático e polissêmico de daimon) na produção de obras de arte, quer no apelo ao “inconsciente” (entendido como repositório de conhecimentos localizados no psiquismo do próprio artista), quer na incidência de influências externas (oriundas de personalidades estranhas a este mesmo psiquismo). Tal atuação, que se presentifica na história da poiesis como inspiração, foi classificada em dois tipos principais: o endógeno, no primeiro caso, e o exógeno, no segundo. São reportados, no de-curso da arte ocidental, vários exemplos que atestam a ocorrência concreta do fenômeno inspirativo ou intuitivo no campo da gênese artística. Em torno desta constatação, resultante da investigação empreendida, procede-se então a um protesto veemente contra a redução/compressão das dimensões da realidade – fato verificado na histórica e sistemática negação do fator espiritual na procedência das obras de arte – , seguido de uma provocadora sugestão de alargamento daquelas mesmas dimensões configurativas do real, a partir da possibilidade concreta de vigência de um outro nível de realidade, paralelo ao nível tangível, cujos contornos abrem novas possibilidades interpretativas do fenômeno “poiético”, entendido como fruto das relações entre os mecanismos psíquicos do artista criador e a correspondente praxis criativa. Levantando elementos conceituais oriundos de sistemas espiritualistas de abordagem do real, mais especificamente o corpus doutrinário do Espiritismo, no qual se baseiam explicações e categorizações aqui presentes, o texto se dis-põe na interseção de disciplinas literárias, estéticas, filosóficas, psicológicas, científicas e religiosas, realizando na prática uma interdisciplinaridade cujo objetivo é o aclaramento de uma origem específica da obra de arte – o que nos permite considerá-lo, na medida em que propõe uma di-ferente descrição do processo criativo em sua proveniência imediata, um trabalho de caráter “genético”, no qual se estabelecem os fundamentos de uma vertente pneumática ou mediúnica na pro-dução de obras de arte.